28 de junho de 2010

EQUIPE DA SHELTERBOX VAI PARA INUNDAÇÃO QUE ATINGIU O BRASIL

Dias de chuvas torrenciais, enchente e cidades inteiras "varridas" do mapa. Estes são os relatórios do Nordeste do Brasil, onde cerca de 100.000 pessoas perderam suas casas.
O estado de Alagoas tem sido o mais afetado. O Rio Mundaú inundou a cidade de União dos Palmares e a cidade de “Quebrangulo” foi quase totalmente submersa pelas águas da enchente.
Na quarta-feira, 23 junho duas pessoas ShelterBox Response Team (SRT) foram mobilizadas e chegarão ao Recife, Brasil, na tarde de sexta-feira. Os membros da SRT “Pat Prendergast” (UK) e “Phil Duloy” (Reino Unido) estão coordenando o atendimento inicial.

Phil acabou de voltar do Haiti e estava no aeroporto, quando recebeu o telefonema pedindo-lhe para voar para a América do Sul. Ele terá 48 horas antes de voltar aos atendimentos pela Shelterbox.
"Eu estou realmente ansioso para chegar lá e iniciar os trabalhos de ajuda", disse ele. "Podemos ver nas imagens da TV que é evidente a necessidade.”
"Essa implantação será tão desafiadora quanto a do Haiti, mas o objetivo é o mesmo, mais abrigos emergenciais para as famílias necessitadas o mais rápido que pudermos"

APOIO ROTARY

A equipe estará trabalhando com Rotarianos do Brasil e com Conrado Orsatti coordenador da ShelterboxBrasil que eles vão encontrar quando chegarem no país.
Os três estarão fazendo tudo ao seu alcance para entregar a ShelterBox onde é mais necessário e para limpar o caminho para a ajuda logística da entrega.
O Chefe de Operações da Shelterbox, John Leach, disse: "Historicamente, tem sido extremamente difícil para ShelterBox ajudar o Brasil, mesmo quando houve uma necessidade evidente.”
"Agora há uma clara necessidade de ajuda ao Brasil e nós estaremos fazendo tudo ao nosso alcance, tanto aqui no Reino Unido e com os nossos contatos do Rotary no Brasil, para eliminar a burocracia e obter abrigo de emergência às famílias em necessidade desesperadoras”
Esta área do Brasil está propenso a enchentes e em Maio do ano passado inundações de uma magnitude semelhante desabrigou cerca de 380 mil pessoas.

VEJA A REPORTAGEM ABAIXO:

EM BARREIROS (PE), ABRIGOS SÃO MAIS DISPUTADOS QUE COMIDA

Em Barreiros (114 km de Recife), na divisa entre Pernambuco e Alagoas, a corrida ontem (23) era por uma vaga em abrigos do município.

Durante a tarde, a fila de quem buscava vaga em uma das escolas que se transformaram em abrigo era maior do que a de quem esperava por alimentos. "Comida a gente dá um jeito. O que não pode é dormir na chuva", disse Josefina Luz, 37, que teve a casa destruída.

Desde a noite de sábado (19), centenas de pessoas ocupam o prédio da rodoviária. Do outro lado do rio Una, desabrigados vivem de maneira provisória na igreja, uma das poucas construções que ficaram em pé no bairro Riuna.

Quem não conseguiu lugar nos prédios públicos ou de parentes montou barracos ao relento. "Estou com minha sogra, marido e três filhos embaixo de uma árvore", conta Deisiane Jesus da Silva. Segundo ela, a água começou a subir na madrugada de sábado, às 8h.

Segundo dados preliminares da prefeitura, pelo menos 2.000 pessoas estão desabrigadas. Há o registro de um morto. Muitas deixaram a cidade, em especial quem não era dono dos imóveis em que vivia. "Eles abandonaram a casa e se mudaram com o que restou', diz a funcionária pública Edilene Silva.

A costureira Josineide Soares Ferreira passou os últimos dois dias sentada em frente aos escombros da casa que comprou em julho do ano passado. Diz que fica lá por "estar ainda perdida" e também para proteger de vândalos o que pode ter restado debaixo dos escombros.

"Espero que Deus me ajude a reconstruir, porque sozinha eu não consigo", diz ela, que ainda tem 19 anos de financiamento para pagar. "Só salvei minha máquina de costura e a geladeira." Muitos dos afetados decidiram deixar a cidade.

Na rua de Josineide, pelo menos cinco pessoas foram embora. "Não querem passar por uma cheia dessas de novo", diz ela. Nas redondezas, ruas inteiras desapareceram. Não há energia elétrica ou água potável.

Mesmo a parte da cidade que não foi atingida pela cheia é afetada pelo caos. Sem uma das pontes e com acesso a carros fechado, as ruas têm montes de entulhos. Não há mais comida nos mercados. O comércio ainda não reabriu as portas.




Conrado Orsatti
Coordenador Geral Shelterbox Brasil
Tel: +55 (11) 4436 5871
Mob: +55 (11) 9979 0980
email: shelterboxbrasil@gmail.com
web: http://www.shelterbox.org/
FONTE: BLOG DISTRITO 4750

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