31 de março de 2011

DESAFIO PARA OS ROTÁRIOS DE HOJE - PARTE 1

Meus amigos e amigas: Na segunda-feira 3 de Novembro de 2008, o nosso amigo e Curador José Antonio Salazar pronunciou um discurso magistral no Brasil intitulado Desafio para os Rotários de Hoje, que pela sua importância e por ser um pouco extenso quero compartilhar convosco em várias das Instruções seguintes: DESAFIO PARA OS ROTÁRIOS DE HOJE (I) SINCRONIZAR ROTARY COM OS TEMPOS ACTUAIS Tolerância, Respeito e Oportunidades para todos. O marxismo leninismo e o partido comunista revolucionaram o mundo no social criando antagonismos entre as classes sociais que deixaram de ser complementares para se converterem em inimigas. A política substituiu as religiões na liderança das reivindicações sociais. A perda da fé religiosa e da confiança numa vida melhor depois deste “vale de lágrimas” levou os desfavorecidos a uma aberta luta de classes que ameaça com fazer-nos perder os nossos privilégios se não reagimos prontamente e na direcção correcta. Rotary oferece-nos a oportunidade de participar neste processo de melhoramento social comum. A ética fala-nos do bem e do mal e da justiça dos consequentes prémio e castigo terrestres. Uma sociedade sem prémios nem castigos seria uma sociedade amoral. Toda a posse e toda a carência devem ser, são, o resultado de uma acção ou de uma omissão. Esse o pressuposto de uma sociedade justa. Os cidadãos, num país livre, são iguais perante a lei mas não são iguais entre si. Embora todos sejamos iguais perante a lei não o somos perante os encarregados de a aplicar. Há sentimentos, pre-julgamentos, simpatias, etc. que muito frequentemente inibem uma correcta aplicação da justiça da óptica do ético embora aparentem legalidade. A desigualdade social não é uma invenção dos sociólogos nem dos políticos. Tampouco é sempre o resultado de uma injustiça. As desigualdades provêm de numerosas causas, não todas más, mas sim de algumas nocivas, que devem ser combatidas oferecendo iguais oportunidades para todos, mas nem mesmo assim, os homens serão iguais. Todos os homens são engendrados e nascem da mesma maneira. A diferença começa no “onde” e no “quando” nascemos. Aí está o lado misterioso do destino que começa a gerar injustas diferenças. Para diminuir as diferenças entre as oportunidades temos que trabalhar, os Rotários. Além disso, o dia de todos tem 24 horas. A diferença radica no que fazemos nessas 24 horas. A diferença dos resultados sempre surpreendeu. Estas desigualdades dão lugar a conflitos que devem ser manejados, a desequilíbrios que devem ser compensados. Surge o conceito de justiça social. Para os rotários a ideia do social está unida aos conceitos de respeito e tolerância. Estes conceitos e não a igualdade, são a base da coexistência. Os conflitos são resultado das diferenças e das fricções da vida em comum e só podem ser civilizadamente manejados, -que não resolvidos pois alguns conflitos são insolúveis , no terreno do respeito mútuo e da tolerância. Para superar as injustiças sociais tão aberrantes e extremas nos nossos países Rotary convida-nos e dá a possibilidade de gerar oportunidades para todos. Rotary não pretende melhorar o homem mas sim dar oportunidades a todos para que dêem o melhor de si mesmos e tornem melhores a suas comunidades. A nossa filosofia permite-nos ver oportunidades onde outros só vêem problemas. Permite libertarmo-nos do síndrome de Bell que impede os homens de verem as oportunidades. Há uns anos o Washington Post contratou o grande violinista Joshua Bell para que tocasse o seu violino numa congestionada estação do Metro em New York. As pessoas ensimesmadas nos seus problemas passavam de largo sem se deter e algumas atiraram umas moedas aos pés do génio da música. Nenhum se apercebeu que se tratava do Joshua Bell, cujos concertos custam de US$50 a US$500 o bilhete. E ali estava Bell tocando grátis no seu Stradivarious para aqueles que queriam ouvir. “Quem tem ouvidos para ouvir que ouça” diz o Evangelho. Quantas vezes não nos aconteceu o mesmo. Passamos ao lado das oportunidades e nem as apanhamos nem as compartilhamos. Rotary convida-nos a fazê-lo. Esse é o desafio. Oportunidades para todos. Para que cada um possa dar o melhor de si. Que esta instrução nos motive a praticar a tolerância e o respeito como base e fundamento da nossa inter-relação harmónica e fraterna e a perceber as oportunidades que nos oferece a história quotidiana para o melhoramento das nossas comunidades e da Imagem Pública de Rotary. Que tenham uma feliz semana, Jorge E. Bayter EGD 2006-2007 D4270 Instrutor Distrital Tradução para português por Adelino de Lima Martins RC da Maia DR 1970 fonte: blog do distrito 4750

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