4 de abril de 2011

Desafio para os rotários de hoje - PARTE 2

Meus amigos e amigas: Com minhas sinceras desculpas pela demora involuntária de três dias para enviar a Instrução N° 35 e continuando com a segunda parte da nossa instrução anterior "Desafio para os rotários de hoje", de José Antonio Salazar, no seu discurso perante os rotários do Brasil, referir-nos-emos a um tema que quantas vezes se toque, será bem-vindo em momentos em que o distrito criou consciência e iniciou uma acção extraordinária no seu crescimento, que nos tem cada dia mais perto dos 1.200 rotários. Só nos falta o impulso definitivo para chegar a essa meta e continuar para diante: DESENVOLVIMENTO DO QUADRO SOCIAL FORTALECER OS CLUBES COMO CÉLULA BÁSICA DO ROTARY E PROMOVER O CIRCULO VIRTUOSO. MELHORES ROTÁRIOS, CLUBES, SERVIÇOS, IMAGEM, COMUNIDADES, CANDIDATOS, AUMENTO DE NÚMERO DE SÓCIOS. O primeiro que temos que fazer é “sairmos do closet” como dizem agora. Assim como o ouvem. Somos um movimento “contra natura”. O altruísmo para a humanidade que tanto apregoamos, do qual nos orgulhamos tanto, é um sentimento antinatural. Assim como o ouvem. Os psicólogos e antropólogos evolutivos, e sem que seja uma falácia naturista, chegam à conclusão de que o homem por natureza genética é egoísta como uma das primeiras condições de sobrevivência. O homem é individualista por definição e natureza. O altruísmo é alheio ao seu genoma. Os seus genes estão orientados para a perpetuação da espécie e nela o seu próprio genoma. Por isso o indivíduo se protege naturalmente a si mesmo, instinto de conservação. Em seguida protege a sua descendência que tem os seus genes, instinto de perpetração dos seus próprios genomas. O amor é um sentimento moral que aparece muito depois no processo de evolução do homo sapiens. Homo erectus, homo habilis, homo sapiens, homo amantíssimo. Esta evolução significa que o homem por amor se une estavelmente a um par, por afecto mantém unida uma família, pela origem comum forma comunidades, comum origem logo na busca de fins comuns forma colectividades e finalmente, quando essa colectividade se assenta em um território, adopta um regime jurídico, de regras, obrigações e sanções, forma o Estado. Assim foi, assim é, assim será. Para sobreviver no duro processo evolutivo da humanidade o homem deve ser egoísta para conseguir benefícios antes dos outros; avaro, para acumular mais que os outros e ter mais para poder impressionar os semelhantes; glutão para ganhar tamanho, acumular mais gorduras e proteínas para superar as fomes; soberbo para procurar o poder; vaidoso para se polir mostrar melhor ao sexo oposto e ter mais e melhores oportunidades de acasalamento; luxurioso para aumentar as possibilidades de ter mais descendentes. Preguiçoso para economizar movimentos inúteis e tornar mais eficiente o consumo de calorias. Esse é o panorama da sobrevivência. Para contra-restar a “natura”, “a cultura” converteu essas manifestações instintivas em Pecados Capitais. Algo se obteve em muitos aspectos mas o instinto natural contínua imperando porque esta enraizado nas profundezas dos nossos genomas. A propósito de pecados, viram que eliminaram o limbo e agora com tanto mafioso, guerrilheiro e paraca morto, com todo o dinheiro que têm, parece que vão pôr ar condicionado nos infernos. Conhecem a nova classificação dos pecados: Agora são: pecados mortais, veniais e geniais. Sendo assim o egoísta, pensa mais ou menos assim: Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto minha descendência genética, quinto minha ascendência genética, sexto meus próximos sociais, sétimo meus próximos culturais, oitavo meus próximos ideológicos, nono meus concidadãos, décimo os outros. Entendem agora porque movimentos como o nosso, que procuramos ressaltar o melhor do homem, que pretendemos oferecer oportunidades de servir a outros, são movimentos antinaturais? Eis aí uma das razões que dificultam o nosso crescimento. Não são muitas as pessoas genuinamente dispostas a servir os outros. Por isso o aumento do número de sócios não deve ser uma meta em si mesmo mas sim uma consequência do desenvolvimento do quadro social. O único crescimento válido é o que se deriva do desenvolvimento da organização. Jorge Schwencke em Puerto Varas, Chile, demonstrava como o número era um factor ligeiro para o desenvolvimento ao comparar a Índia ou a China com os seus mais de um bilião de habitantes com a França com só 60 milhões de cidadãos ou com a Suécia com só 9 e analisava os seus correspondentes índices de desenvolvimento. Sobram os comentários. Em conclusão, novamente chegamos a que número pode significar muitas coisas mas não é índice seguro de desenvolvimento. Já dizia Heráclito no século VII antes de Cristo que: “um milhão de cegos nunca poderão ver”. Se referiria acaso Heráclito àqueles rotários que ainda não vêem o potencial da mulher no Rotary? Em alguma oportunidade dizia este servidor que Cristo com 12 que no final foram onze partiu em duas a história da humanidade. Paul Harris com apenas outros três companheiros iniciaram esta grande aventura de serviço que hoje nos reúne. O número é pois importante mas não é tudo. Preocupemos-nos com Desenvolver Rotary e o Crescimento do quadro social virá por acréscimo. Há um círculo virtuoso que se origina na formação dos novos rotários. Rotários melhor formados, fazem melhores clubes rotários, os quais por sua vez contribuem para fazer melhores comunidades, nas quais vivem melhores e mais felizes cidadãos que por sua vez se tornam melhores candidatos para ingressar num clube rotário. Há na nossa Zona um ingrediente mais que nos desafia ao crescimento: O redestritamento ordenada pelo Conselho de Legislação de Chicago em 2004. Vários Distritos latino-americanos desaparecerão ao não poderem chegar às metas previstas. Neste desenvolvimento temos que estar todos. É uma calinada dizer que é melhor serem muitos que serem pouquitos, como o é dizer que é melhor ser rico que ser pobre. Dizem os versos espanhóis: “Chegaram os sarracenos E nos moeram com paus Que Deus ajuda os maus Quando são mais que os bons”. Que tenham uma feliz semana. Cordial abraço, Jorge E. Bayter Governador 2006-2007 D4270 Instrutor Distrital Tradução para português por Adelino de Lima Martins RC da Maia DR 1970 fonte: blog do distrito4750

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