O futuro do Rotary nas Novas Gerações

O futuro do Rotary nas Novas Gerações
Francisco Guerrero Ruiz*


Setembro foi designado pelo RI como o “Mês das Novas Gerações”, para destacar todas as atividades que favorecem o desenvolvimento das pessoas até 30 anos de idade.
Nesta virada de século, vivemos em meio às contradições de um mundo no qual os processos de mutação nunca foram tão acelerados.
Se assistimos uma profunda transformação, sem precedentes na história mundial; paralelamente vemos, também, que os problemas da juventude vêm aumentando.
É de suma importância identificar e dar possíveis soluções aos fatores que afetam a juventude durante o processo de crescimento até atingir a plena maturidade.
Cada geração ao alcançar a condição de influir nos destinos do mundo, carrega em si a certeza de conseguir ultrapassar as áreas tormentosas nas quais as precedentes naufragaram.
A cada renovação, chegam novas idéias, muita energia e entusiasmo, vontade de enfrentar novos desafios, desenvolver projetos inovadores e contribuir com enfoques modernos para antigos empreendimentos.
Porém, ao contrário do que deveria ser, nem sempre são compreendidos. Algumas pessoas, em atitude negativista, alegando grande vivência e conhecimento, são incapazes de partilhar do entusiasmo dos mais jovens.
Não acompanharam a evolução e só repetem tristes palavras de desalento como: “Isso não vai dar certo” ou “Já tentei fazer algo parecido mas não funcionou”.
Esse posicionamento desencoraja, esteriliza a criatividade e sufoca no nascedouro os anseios e as empreitadas inovadoras a que as novas gerações se propõem.
Como está o nosso relacionamento com as Novas Gerações?
Estamos conscientizados de que a atuação das Novas Gerações determinará o futuro do Rotary?
Estamos cumprindo a contento nosso papel na corrida de revezamento das gerações?
Talvez o que mais eles necessitem, é de direcionamento, de instituições que os integrem numa realidade proveitosa e de alta positividade, livrando-os do negativismo e dos perigos que os cercam.
Eles querem e podem ser úteis. E nós podemos tê-los conosco como importantes parceiros.
A juventude é uma das preocupações permanentes do Rotary.
Sendo o maior patrimônio da humanidade, o jovem é a única matéria-prima da qual se pode fazer um Homem, na melhor e mais profunda acepção da palavra.
A declaração de metas para as Novas Gerações diz:
“Cada rotariano tem a responsabilidade de ajudar as Novas Gerações, preparando-as para lidar com situações diversas e reconhecendo suas múltiplas necessidades. Saúde, Valores Éticos, Educação e Desenvolvimento. São as necessidades básicas das Novas Gerações.”
Com experiência quase centenária, Rotary, através da excelência de seus programas, propicia que as Novas Gerações encontrem campo fértil e todas as condições de vivenciarem o sagrado Ideal de Servir.
Valorizando e aproveitando toda potencialidade, vamos trabalhar de mãos dadas com as Novas Gerações, canalizando suas forças para o trabalho de Servir em parceria. Sabemos que os jovens engajados têm mais facilidade de construir-se, e, assim, contribuir para a construção do tão sonhado mundo melhor.
A participação de forma Pró-Ativa, nos clubes “Novas Gerações”, nos Interacts, Rotaracts, programa de Intercâmbio de Jovens, programa Ryla – Prêmios Rotários de Liderança Juvenil –, e vários outros programas que visam atender às expectativas do jovem, é a forma mais eficiente de tornar concretas nas Novas Gerações a vocação para o serviço desinteressado.
Dessa maneira, motivando e encorajando as Novas Gerações, no mínimo estaremos auxiliando na preparação dos líderes que nos sucederão.



* O autor é sócio do Rotary Club Sorocaba-Vergueiro, SP
(D.4620), governador 1995-96 do distrito e coordenador
da Zona 20 da Força-Tarefa para as Novas Gerações.