Assim como desejamos que os visitantes dos nossos clubes encontrem um ambiente afável e tocado de simplicidade em que se sintam bem, correspondendo à expectativa que tinham do Rotary e às relações de amizade que mantêm com seus sócios, ou com alguns deles, – desejamos que os rotarianos sintam-se por sua vez à vontade na comunhão de seus clubes.
O Rotary não é só ideal, ou só objetivo, ou meramente programa, ou apenas estreitado círculo de relações de amizades; é, principalmente, um grande meio em que deve-se desenvolver a consciência do dever e generalizar-se o espírito de serviço e em que cada um deve procurar caracterizar suas atitudes, seus gestos, suas palavras, com a maior sinceridade, na mais íntima camaradagem, sem pensamentos ocultos, sem reservas, sem receios, sentindo-se todos bem, à vontade, como estivessem na própria casa.
De fato, o clube rotário deve ser encarado como a nossa casa. Nada lhe falta do encantamento dos nossos lares, nem as alegrias que ele nos proporciona, nem o trabalho que nos confere, nem as oportunidades sentimentais que nos possibilita desfrutar, nem as responsabilidades que exornam o nosso caráter quando da exação dos deveres que ele exige de nós. Tudo a levar-nos efetivamente a considerá-lo uma continuidade dos nossos lares e da nossa família, onde devemos nos sentir à vontade na intimidade diária com os nossos companheiros.
Eu me entristeço, pois, quando vejo rotarianos contrafeitos, apegados a etiquetas e a complicadas fórmulas convencionais de pretendida educação social, esquivos e reservados, como estivessem debaixo de austeros protocolos diplomáticos que devessem obedecer com rigor, quando nos nossos clubes penso devemos pautar a nossa vida com a maior lealdade e simplicidade, tratando a todos de fato como companheiros, numa igualdade possivelmente fraternal, a fim de tirar-nos de nossa comunhão o maior rendimento de serviço que for compatível com os nossos esforços.
À sub-comissão de camaradagem e freqüência, cabe um trabalho neste sentido, desarmando ânimos cerimoniosos, estabelecendo a unidade de trato, fazendo com que todos os companheiros se sintam realmente à vontade.
Só nesse ambiente, ambiente de verdadeira confiança, de verdadeira amizade, podem florescer e frutificar os esforços dos rotarianos, apoiados, como deve, na isenção absoluta de preconceitos e de etiquetas, que não são costumes próprios ao Rotary.
Tirado do livro “VERDADES ROTÁRIAS”
De Gerson Mendonça – ex-Governador do Distrito
28. - publicado em 1950.
“Quem é, rotarianamente, mais digno de estima: o que sabe ou o que ignora?
Rotary responde: Os dois, sempre que o que sabe ensina e o que ignora aprende.”
"ÉTICA, UM PRINCÍPIO QUE NÃO PODE TER FIM”